Decidi, a partir deste post, partilhar e explorar um pouco das séries que fazem parte do meu portefólio e ando a acompanhar semanalmente da minha watchlist. Hoje essa série é “The Good Doctor”, que se encontra neste momento no oitavo episódio da sua quarta temporada.

Estreada em 2017, remake da série Sul Coreana de 2013 do mesmo nome, tem como showrunner David Shore, a mesma mente brilhante por detrás do drama médico “House”.

Série produzida pela Sony, distribuída pela ABC e que cá em Portugal passa no AXN, retrata a vida e o dia-a-dia de um jovem médico cirurgião Shaun Murphy, no San José St. Bonaventure Hospital, interpretado brilhantemente pelo ator Freddie Highmore, e que sofre de autismo e apresenta a síndrome de savant.

Se gostas de “House” e dramas médicos, está é uma série para ti, combina a parte científica e complexa das doenças/patologias dum hospital de uma qualquer cidade do mundo atual, bem como a parte humana e diária dos médicos e staff que lá trabalham. Fortificada por um grupo de personagens secundárias, e pela interpretação de Highmore, que nos transmite a vida de uma pessoa com autismo, sem filtros e muito básica, faz o telespectador questionar os princípios básicos da vida, as suas escolhas e a forma como estamos neste mundo.

Com muito coração e momentos divertidos, cada episódio é uma descoberta, tanto a nível médico científico, como a nível humano. Teve para mim um dos seus pontos altos em dois episódios especiais da quarta temporada dedicados à pandemia, em que foi exemplificada através de ficção a realidade atual em muitos hospitais no mundo.

 Avaliação: 8/10

Sim, hoje, meus caros leitores, depois de séries épicas como mandalorian, coisas diferentes como animes, temos agora um dos meus maiores “guilty pleasures” de sempre: o programa de televisão/série/reality show passado numa cozinha, o grandioso programa que tem como host o carismático e excêntrico Gordon Ramsay, o Hell’s Kitchen.

Programa que originalmente foi para o ar na Inglaterra, ganhou um grande número de fãs e notoriedade na sua versão americana estreada em 2005. Hell’s Kitchen apresenta uma premissa básica em que 2 equipas, inicialmente separadas entre homens e mulheres, competem uns contras os outros, numa série de desafios com eliminação semanal até um ser coroado o melhor chefe do programa, tendo como prémio um montante em dinheiro e a possibilidade de ser chefe principal num restaurante da cadeia do próprio Gordon.

 Entre os diferentes desafios individuais e em equipa, o ponto alto é o desafio do jantar no restaurante principal, frequentados por famosos e onde tudo pode acontecer: comida crua, muito passada, pedidos errados e falta de coordenação que podem ditar a derrota da equipa e a consequente eliminação de um dos seus membros.

Com frases icónicas proferidas por Ramsay, tais como: “Where is the lamb sauce!!”, “It’s fucking raw!”, “Get out. GET OUT!”, ou pratos míticos: “beef wellington”, “scallops”, “risotto” e muitos outros, mesmo dando a sensação de repetitivo devido às já 18 temporadas, a imprevisibilidade, dinâmicas, novas personalidades e a sempre forte, carismática e impactante presença e liderança de Gordon Ramsay tornam este num dos mais dinâmicos, interessantes e divertidos programas de tv que eu mais gosto de ver, desde os antigos tempos na Sic Radical quando dava em conjunto com o também interessante Biggest Loser.

Por tudo isto e muito mais, se gostas da figura e personalidade de Gordon, e até costumas passar algumas horas a ver o “MasterChef” ou mesmo o 24Kitchen, Hell’s Kitchen é o programa ideal para ti.

Avaliação: 8,5/10

Pois é, depois de uma das revisões que mais gostei de fazer para este blog do último episódio de The Mandalorian, apresento-vos hoje mais um anime.

Se por um lado o último anime que apresentei era um dos mais conhecidos e falados nos tempos que correm, este talvez seja mais daquelas pérolas escondidas que escapam às main audiences e é apenas apreciado por aqueles que procuram um bocadinho mais a fundo. E para mudar isso aqui estou para vos falar de Re:Zero Starting Life in Another World ou mesmo só Re:Zero.

Re:Zero, considerada uma light novel, conta a história de um jovem rapaz chamado Subaru Natsuki que, enquanto fazia compras numa loja da sua rua, é misteriosamente transportado para outro mundo. Sem saber o porquê ou como aquilo tinha acontecido, Subaru começa a sua aventura a tentar descobrir o porquê e como foi ali parar.

O que torna esta história interessante, intrigante e cativante é aquilo que acontece com o nosso protagonista logo no início do piloto. Atenção e peço desculpa pelo pequeno spoiler mas, quando Subaru morre, volta à vida antes do acontecido. Isto pode ser horas, dias ou até semanas, ele nunca sabe onde e qual o momento em que vai voltar depois de morrer. A partir daí, entendemos que a história passa de ser um mero anime para se assemelhar a um jogo em que se morres voltas ao ponto onde gravaste sem nunca saberes onde é que esse ponto é. “Será que fiz tudo o que podia? Será que podia ter feito diferente? Morro e volto a tentar, continuo sem saber o resultado das minhas ações?”, apresentando a velha “máxima do tudo pode acontecer”.

Anime que aborda o efeito borboleta, explorando a premissa de uma maneira diferente e introduzindo também conceitos religiosos baseados nos 7 pecados mortais ou questões morais e complicadas, nas quais a escolha de uma pode ou não ter influência no futuro não muito longínquo. Podemos esperar emoções, ação e muitas personagens, todas elas fortes, intrigantes e vincadas. Algumas das quais más de início, que com um simples reset de Subaru podem ficar do seu lado, ou aqueles que pareciam seus aliados e amigos, deixando de o ser de um momento para o outro. Tudo isto enquanto Subaru procura a razão pela qual ele tem esse poder, o que está ali a fazer e qual o objetivo dele naquele novo mundo.

Tendo recentemente voltado para a segunda temporada em julho de 2020, é a altura ideal para os amantes de anime conhecerem esta pérola escondida. Será que estão preparados para viverem altos e baixos, apaixonarem-se por personagens para depois elas morrerem ali, diante dos vossos olhos – será que morreram mesmo? -, ou até mesmo odiar alguém para depois a começar a amar incondicionalmente?

Por tudo isto e muito mais recomendo vivamente Re:Zero

Avaliação:8.5/10