Pois bem, hoje é uma revisão que eu não estava à espera de escrever, muito menos antes de Better Call Saul, que ainda não tive a oportunidade de terminar, muito por culpa aqui de The Sandman que estreou há 2 semanas na Netflix. 

Não posso dizer que Sandman apareceu do nada para mim. Já andava no meu radar há uns tempos, esta adaptação live action de uma das mais conhecidas e amadas comics propriedade da DC. No entanto, e com a fama que a Netflix tem das suas adaptações para live action não serem as melhores, confesso que não tinha muitas esperanças, apesar de o próprio criador – Neil Gaiman – estar envolvido. E tenho a dizer, não podia estar mais enganado, pois fui surpreendido muito pela positiva e pela qualidade da série.  

Sandman conta a história de Morpheus/Dream, um dos 7 eternos, o qual é capturado e, após passar vários anos em cativeiro, quando libertado volta à sua vida e repara que ela está desfeita, que não tem nada e precisa de reencontrar um sentido para a mesma.  

Pelo que tenho lido e ouvido, a história é bastante fiel às comics, e mesmo o que não é - por razões autorais e editoriais - é contornado de uma forma sublime que eleva ainda mais a narrativa. Esta primeira temporada é composta por 2 arcos distintos, culminando o primeiro no episódio 6, intitulado “The Sound of Her Wings”, que para mim foi um dos melhores episódios individuais que vi nos últimos tempos. O primeiro arco introduz as personagens e as intrigas que irão ser exploradas mais à frente, com histórias e conceitos soltos; a segunda parte, do episódio 7 ao 10, acaba por seguir uma história mais linear.  

E se achavam que isto era tudo, pois bem, uma semana depois da estreia, e sem ninguém esperar, é lançado um episódio bónus - de uma hora, imagine-se – adaptando 2 mini histórias - uma muito fofa com gatos – que nos deixa a salivar por mais Sandman, este hit que neste momento se encontra no TOP 1 da Netflix em bastantes países, e que se seguir as comics ainda vai ter muitas temporadas para nos presentear. 

Avaliação 9.5/10 

Deverão estar a pensar: Filipe, tanto tempo depois da série acabar é que sai a revisão? Porquê agora? E eu respondo que é tudo planeado, pois nada melhor do que lerem a minha revisão da mais “recente” série da Marvel para o Disney Plus Ms. Marvel, do que no dia em que sai She-Hulk. 

A série conta a história de Kamala Khan, uma adolescente paquistanesa que tem como ídolos a Captain Marvel e os Avengers, sonhando um dia poder ter os seus poderes para ajudar e salvar o mundo.  

Ms. Marvel tem como objetivo introduzir uma personagem nova, a qual vai ter muito mais importância e relevância em futuros projetos, como é o caso de The Marvels.  É dirigido a um público mais jovem pois conta com um enquadramento de jovem que anda no secundário e todos os problemas que daí advêm, tentando interligar isso com a descoberta dos seus poderes, o que são e como lidar com eles. 

No geral gostei da série, as personagens introduzidas foram todas interessantes e a apresentação das culturas paquistanesa e muçulmana deu um toque novo e diferente ao já vasto e sempre em crescimento MCU.  Em relação à “big picture” na qual Kamala está inserida, foram apenas dados alguns passos – alguns deles bastante importantes –, mas que não acrescentaram muito à história que se passa na série. 

Em conclusão, a série é de visualização fácil mas, se não forem fãs da cinematografia, ou de uma história simples onde vêem apenas uma rapariga normal viver a sua vida, sem grande impacto nem super vilões, pode acabar por se tornar uma experiência pesada e não tão boa como em séries da Marvel anteriores. 

Avaliação: 8/10