Depois de She-Hulk, hoje trago a revisão de uma série da Hulu que também pode ser vista no Disney Plus.  

The Bear foi uma série da qual ouvi falar muito há umas semanas, sobretudo por ser muito bem realizada e interpretada. Posto isto, e ainda com algumas séries em atraso, eis que um dia num scroll pelo Disney Plus encontro a série. Ao abrir, descobri que seriam 8 episódios de mais ou menos 30 minutos cada – mergulhei de cabeça sem nunca mais olhar para trás. 

Tendo em conta que, assim por alto, a série tem à volta de 2,5 horas, não há muitas coisas que posso partilhar sem dar alguns spoilers. Esta é daquelas que é melhor ir assim às escuras. 

Mas como o meu objectivo é cativar a vossa atenção e fazer com que tenham o bichinho, como eu tive em ir espreitar a série – nem que seja o primeiro episódio –, vamos lá a isso. Tentando ser o mais vago possível, um chef novo e ambicioso da alta cozinha deixa a sua vida de sucesso para gerir o restaurante de sandes do seu irmão, que cometeu suicídio e lhe deixou o estabelecimento, cheio de dívidas, problemas e um staff bastante duvidoso. 

E se isto não vos chega, podem acreditar que desde o primeiro minuto a série agarra-vos de uma maneira que não volta a largar. Os episódios curtos são pautados por uma atmosfera gritante que chega a dar vontade de nós próprios sustermos a respiração por uns momentos. Todo o elenco é excelente a representar aquilo que é um restaurante e a sua azáfama e a mostar o lado humano do trabalhador e a pressão com a qual atua. No penúltimo episódio, mais de 17 minutos foram filmados para a cena parecer um só take – para quem viu e gostou de 1917 como eu, foi um deleite – e durante aqueles minutos toda a acção é realizada, interpretada e gerida pelo realizador de tal maneira, com uma tensão crescente tal que dei por mim a suster várias vezes a respiração e a sentir um formigueiro de tal maneira que não queria que o episódio fosse acabar! 

The Bear é uma série em estilo fast food, com um sabor e empratamento, no entanto, dignos de qualquer prato de assinatura dos mais altos chefs com muitas estrelas Michelin. 

E segundo o lema de Carmy – personagem principal - “Fuck Brunch”!! 

Avaliação: 10/10 

É verdade, 3 semanas depois do final de She Hulk no Disney Plus, eis que chega a review mais aguardada, mais importante e a que mais interessa! Sim, eu sei que tenho andado desaparecido, mas tenho já na calha algumas reviews de filmes e séries para vocês. 

She Hulk foi a mais recente adaptação de uma personagem dos comics da Marvel para o MCU. Jennifer Walter, prima de Bruce Banner, depois de um acidente acaba com os poderes do Hulk tal como o primo. 

A história desenrola-se à volta de Jen – uma advogada - e da descoberta dos seus novos poderes, bem como se a sociedade poderá ou não aceitar a sua diferença. Carregada de cameos de personagens importantes – alguns que vão deixar qualquer fã louco –,  estes cameos fazem com que  existam muito poucos episódios apenas sobre Jen e os seus dias como advogada num tribunal, ali apenas a lutar pelo seu cliente, o que para mim foi um ponto negativo. 

Sendo She Hulk uma das personagens da qual eu tinha menos conhecimento a nível de comics, encarei a série com bons olhos, pois seria uma oportunidade de conhecer uma personagem nova. E a principal característica que mais gostei foi a “fourth wall breaking”, que é muito característico da personagem, e que foi muito bem usada aqui neste caso – principalmente na season finale. 

No geral achei a série ok, teve muito bons momentos mas também alguns não tão bons. É mais uma boa introdução de uma personagem ao MCU, em tudo diferente do que já tínhamos, embora sinta que não avançou nem teve quaisquer implicações para a grand picture no geral. 

Avaliação: 6.5/10