E depois da revisão mais recente de um filmezinho, o que trago hoje para o leitor é a análise a uma série, mais propriamente Shogun - série passada no Japão feudal e baseada num livro do mesmo nome, que estreou na Hulu e por cá podemos ver no Disney+.

Esta foi daquelas séries que, para mim, não foi preciso grande apresentação nem trailers para despertar o meu interesse. Gosto bastante da cultura japonesa e isso, em conjunto com as excelentes revisões à série, tornou-a para mim um must. Foi então com grande entusiasmo e expectativa que me sentei em frente ao ecrã para ver Shogun e, caro leitor, as expectativas que já tinha conseguiram ser ultrapassadas e em grande escala.

Não querendo dar muitos spoilers, pois acredito que o espectador ganha ao ir ver a série a saber o menos possível, há alguns pontos que acho que devem ser abordados. O principal e talvez  mais desafiante será o facto de a série ser maioritatimente falada em Japonês, por exigência do realizador. Existe também um papel algo relevante dos portugueses neste mundo do Japão naquela época, no qual as personagens são também interpretadas por atores portugueses ou de origem Portuguesa. Achei este facto super interessante, visto que me deu a conhecer um pouco mais da nossa história e dos descobrimentos, vistos aos olhos de outras culturas. Mas para além da barreira linguística, a série depois apresenta ao espectador tudo aquilo que é universal e está associado a produções de qualidade, sendo alguns exemplos o elenco de excelência, os cenário e batalhas de proporções bíblicas, e os diálogos minuciosamente escritos que fazem avançar a narrativa ao longo de 10 episódios e são a base principal de toda a história. 

Em suma, Shogun é uma série de época, um clássico slowburn - que me fez lembrar Hannibal, a primeira temporada de True Detective, ou até mesmo o mais recente Better Call Saul - no qual temos de estar super atentos a todos os pormenores, para não corrermos o risco de perder o que fica nas entrelinhas dos jogos políticos - como em Game of Thrones - e onde somos presenteados com um dos melhores finais de série de sempre.

Avaliação:10/10

Pois bem, para primeira review de 2024, apresento a mais recente mini série da Marvel: Echo. À semelhança da Netflix, teve todos os seus 6 episódios publicados no Disney Plus no mesmo dia.

Echo foi publicada sob a nova banner "spotlight" da Marvel. Isto tem como objetivo trazer aos fãs histórias mais compactas e de menor escala - em compração ao que se vê nos filmes - para super heróis de street level, com mais impacto no desenvolvimento de personagens e com um tom mais dark e mais pesado, muito semelhante ao já visto nas famosas séries da Netflix, com Daredevil à cabeça.

A personagem de Echo/Maya, interpretada por Alaqua Cox, foi apresentada na série Hawkeye, onde a personagem foi muito mal tratada, e não foi com espanto que eu e a maioria das pessoas não ficou lá muito convencida com o facto de vir a ter uma série dedicada só para si. Para além de Maya, também outra personagem foi apresentada em Hawkeye, esta já muito conhecida e querida de todos os fãs. KingPin, interpretado por Vincent D'Onofrio, foi uma das grandes razões para eu ter algum interesse, ainda que pequeno, pela série. E tudo mudou quando, umas semanas antes, tivemos o trailer que deixou toda a gente em pulgas e prometia a aparição do nosso querido Charlie Cox como Daredevil mais uma vez.

De um modo geral, a série começou muito bem e conseguiu manter-se consistente ao longo dos 5 episódios, apesar de o último ter sido um pouco mais fraco para mim. Boa ação, boa cinematografia, bem escrtito e consegiu passar tudo aquilo a que se propunha. Alguns dos pontos fortes, para além das interpretações individuais, foi a forma como na série a maioria das personagens falava lingagem gestual, pois tanto a personagem de Echo como a Alaqua são surdas, e a forma como isso foi trazido para a série foi uma das melhores partes. Outro ponto positivo foi  a apresentação de uma cultura nativo-americana e toda uma comunidade ainda pouco explorada no MCU.

Apesar de não ter sido um game changer para as séries da Marvel ou não ser algo que poderá fazer falta para o MCU daqui a uns tempos, foi uma série que me dá alguma esperança no que está para vir, principalmente para a série do Daredevil: Born Again que, após todas as novidades e depois de Echo, tenho as esperanças lá muito no alto!

Avaliação:7/10

O universo da Marvel tem para nos apresentar mais uma entrada com The Marvels e, claro está, depois de ter ido ver o filme ao cinema, hoje tenho para vocês a minha tão esperada review.

Se até agora, e de forma geral, qualquer pessoa que fosse ver um filme da Marvel conseguiria acompanhar com pouca dificuldade o que estava acontecer no grande ecrã, nesta nova entrada The Marvels a coisa fica um bocadinho mais complicada. Este é o primeiro filme do MCU no qual os acontecimentos passados nas séries do Disney+ - Ms Marvel e WandaVision - são um tanto ou quanto necessários para entender toda a essência do filme e alguns dos plots principais, o que neste caso, por si só, pode ser uma das razões para a fraca bilheteira que o filme tem registado.

Mas se és como eu, estás a par de tudo o que é Marvel e viste as séries - e mesmo que não estejas a par, vê um vídeo de recap no youtube que ficas preparado -, The Marvels aborda a história de como Kamala Khan, Monica Rambeau e Captain Marvel ficam interligadas atráves dos seus poderes cósmicos que, apesar de  diferentes, provêm de uma força comum às 3.

Não se deixem enganar pelas más reviews dos críticos, nem pelas pessoas que acham que o MCU está a morrer, ou mesmo por aqueles que acham que pós Endgame a Marvel nunca mais foi a mesma. Mesmo não sendo um dos melhores, certamente The Marvel não é dos piores filmes da Marvel. O filme é bastante compacto - apenas uma hora e meia - com uma história coesa e consegue fazer tudo aquilo a que se propõe. Tem princípio, meio e fim, é bastante divertido - e se são fãs de gatos como eu, há lá uma cena que vão adorar - e tem como ponto forte a química entre as atrizes principais. Quero apenas dar a minha menção honrosa a Iman Valane, pois com ela no ecrã em conjunto com a sua família dão sempre outra qualidade às cenas.

Pela primeira vez em muito tempo, este filme apresenta apenas uma mid credit scene, sem a tão famosa post credit scene - não precisam de ficar até ao fim -, e que mid credit scene, meus amigos! Para quem já viu sabe do que estou a falar, é uma cena que neste caso pode ou não ter grandes implicações para o universo como um todo. Mas que já não ficava de boca aberta no cinema com algo a acontecer há muito tempo - Spider Man No Way Home *wink wink* -, isso já.

Avaliação:7/10

Estamos de volta e com algo muito especial, neste caso a segunda temporada de The Bear, que estreou na Hulu há umas semanas. 

Se estiveram atentos, sabem que há uns tempos fiz a minha review da primeira temporada - para os menos atentos está aqui ... - e sabem que foi talvez para mim a série do ano. Foi então com enorme agrado que recebi a notícia de que estaria para chegar uma segunda temporada. Após a perfeição e a qualidade da primeira, achei que seria muito difícil superar o que já tinha sido conseguido. Mas a verdade é que, por incrível que pareça, não só conseguiu como na minha mais modesta opinião ainda superou em muito o que já tinha sido conseguido na primeira temporada.

Sem ir muito a fundo naquilo que foi esta temporada, pois é sempre melhor ser o espectador a descobrir por ele próprio, esta temporada, com mais episódios e alguns com mais tempo do que na season anterior, consegue dar a todas as personagens tempo para respirar e desenvolver cada uma com uma qualidade e mestria que acho que só The Bear consegue. E se acham que o ambiente claustrofóbico e angustiante que nos era imposto na cozinha na primeira temporada desapareceu, desenganem-se pois ele está lá sempre presente.

De realçar que apesar de a parte inicial da temporada ser mais calma tudo vai culminar no episódio 6, e que episódio 6! Acreditem em mim quando digo que os cameos, a atmosfera, o acting, os cenários, a fotografia - tudo é perfeito. 

Após esta segunda temporada, The Bear passou imediatamente para o meu top 5 de séries preferidas e não há muito mais que possa dizer para além de que, se ainda não viram, vão a correr pois garanto que não se vão arrepender, porque The Bear é de comer e chorar por mais.

Avaliação:10/10

Devem estar a pensar que na semana passada faltou a review do episódio de Mandalorian. E posto isto aqui fica o pedido de desculpa mas, achei que tendo em conta a forma como o penúltimo episódio acabou, numa espécie de cliffhanger, seria melhor fazer a minha review do episódio desta semana em conjunto com o da semana passada. E com aquilo tudo que foi acontecendo, e após ter visto a última cena da terceira temporada, acho que foi a melhor ideia.

Eis que chegados aos 2 episódios finais de Mandalorian o que posso dizer é que, para mim, fizeram-me sentir como já há muito não sentia. Tudo neste final - as duas partes - foi perfeito e deu a sensação de que estava a acontecer magia no mundo de Star Wars. Foi tudo épico, desde as batalhas, as personagens surpresa - praetorian guards, por exemplo -, à conclusão dos acontecimentos e a mestria com que todos os plots foram explorados e dados como terminados de uma maneira simples e eficaz, sem nunca esquecer os sacrifícios que às vezes precisam de ser feitos.

Sem dar muitos spoilers e se olharem para o poster, tivemos o regresso de Moff Gideon, que aqui nos dá umas luzes e ideias de coisas que foram exploradas nas sequelas dos filmes - e iniciadas em The Force Awakens -, as quais Mandalorian tornou ainda melhores e mais interessantes ao adicionar esse pequeno mas muito significante pedaço de Lore. E não seria Mandalorian se o nosso pequeno, adorável e querido Grogu - cada vez mais crescido e forte no uso da força -, juntamente com o nosso mandalorian preferido, não tivessem uma das melhores cenas da série.

Apesar de saber que já está pleneada, e aparentemente escrita, uma quarta temporada seguida de um filme - que vai ligar todo este universo que vai continuar com a série Ahsoka -, esta terceira temporada termina de uma maneira tão perfeita e bonita para os nossos 2 protagonistas que, se isto fosse o fim, eu seria uma pessoa feliz. No entanto, e com o potencial deste mundo, mal posso esperar por voltar a ver o Mando e Grogu de novo no pequeno ecrã!!

Avaliação:10/10

E já a caminhar a passos largos para o fim, hoje temos a análise de Guns for Hire de Mandalorian.

Neste vigésimo segundo capítulo, Favreau optou por fazer um pequeno desvio da história principal, que envolve Bo-Katan e a reconquista de Mandalore, e fomos presenteados com mais um pedaço de lore do mundo de Star Wars.

Mando e Bo vão ao encontro do seu irmão - neste momento um mercenário contratado - de modo a que possam juntar-se à tribo de Mando e sigam com o objetivo de unir e reerguer os Mandalorian. Só que, ao entrarem no planeta onde este se encontrava, vão ter que executar uma pequena missão - que dura boa parte do episódio - e é aqui que a magia acontece.

Se para alguns este episódio não passou de um filler com pequenos desenvolvimentos para o grande objectivo da season, para mim foi perfeito pois é isto que significa para mim a série The Mandalorian. Não só a história principal, que já não é só de Mando e Grogu, incluindo agora também Bo, mas as pequenas coisas: o alargar do universo, o enriquecimento do mesmo, e aquela alegria e divirtimento que Star Wars pode e deve trazer!

Foram cameos, foram momentos fofos, e foi um final épico que aos poucos e poucos nos vais dando as quantidades necessárias de acção e desenvolvimentos para nos manter agarrados e interessados semana após semana. Venham lá os 2 que faltam!

Avaliação:8/10

Mais uma quarta, mais um episódio do nosso mandalorian, desta vez com muito mais aparição de mandalorians do que do nosso adorado Grogu - não que isso aqui tenha sido uma coisa má.

Com o aproximar do final da temporada - faltam 3 episódios -, também a história se encontra o mais interessante e cativante desde o seu início. Neste capítulo intitulado The Pirate, temos o desenrolar das consequências de acontecimentos passados há uns episódios atrás. 

Aqui os mandalorians, a sua história e futuro vão-nos ser delineados, e começamos a descobrir aquilo que Favreau tinha e tem planeado para nós desde o início de Mandalorian, em que a história de Grogu era meramente o começo. E finalmente ouvimos as palavras "retake of mandalore", talvez as palavras mais importantes da temporada e talvez de toda a série.

O episódio foi muito sólido, com boa acção, desenvolvimento de personagens secundárias e definição clara da direção da história e do que podemos esperar do que está para vir.

Avaliação:9/10

Finalmente!! Como já puderam ver pelo título da revisão e pela imagem acima, uma das minhas séries preferidas da atualidade, que junta Star Wars e uma das criaturas mais fofas de toda a galáxia, está de volta. E aqui estou eu para manter a tradição e fazer uma pequena revisão e dar alguns insights ao que aconteceu neste primeiro episódio.

Apesar de ter gostado muito do episódio no geral, tenho a apresentar 2 pequenas coisas menos boas. A primeira é a duração do episódio. Não percebo o porquê da Disney insistir em episódios que não tenham sequer 40 minutos - nem sempre mais é melhor, mas neste caso a série só tinha a ganhar. E o segunda foi a forma como Favreau confiou na sua audiência uma vez que, do nada, Mando está de novo reunido com Grogu - quando no final da segunda temporada Grogu tinha sido resgato por Luke - e, para além disso, também tem  uma nova nave espacial: a N-1 Starfighter. O que quero dizer com isto é que nenhum destes acontecimentos é explicado, sendo que pressupõem que o telespectador tenha assistido a outra série - neste caso The Book of Boba Fett - para que se perceba toda a história e a sua envolvência.

Em relação aos pontos bons, tivemos o regresso de algumas personagens que já nos acompanham desde a primeira temporada, bem como algumas caras novas, e as já típicas cenas de fofura de Grogu. Tivemos também uma ideia inicial sobre aquilo em que se vai focar esta temporada, que será a reconquista de Mandalore, o planeta natal dos Mandalorian - em tudo ligada à lore do Dark Saber atualmente na posse de Mando.

Se quiserem updates semanais dos episódios e tiverem alguma dúvida da lore, quiserem saber mais um pouco ou apenas ler a minha opinião geral dos episódios desta temporada, apareçam aqui, pois todas as semanas há review nova e podem ter a certeza que se vão sentir entretidos - pela série e pelas minhas palavras.

Avaliação:8.5/10

Hoje a review é sobre um daqueles filmes que é capaz de ter passado ao lado do radar de muitas pessoas. Digo isto como um ponto positivo pois assim podem ir ver o filme sem saber nada sobre ele, podendo saborear o "menu de degustação" oferecido por The Menu.

The Menu tem um plot bastante simples e fácil de seguir: Um jovem casal viaja para uma ilha deserta onde um chef tem preparado um menu especialmente escolhido para ser apresentado a um pequeno e muito restrito número de pessoas. Sendo um filme de comédia/terror - um género muito pouco explorado -, a combinação destes dois géneros tem que ser muito bem trabalhada para que o produto final seja o melhor. Neste The Menu os perigos, mistérios, medos... tudo encaixa, e estes momentos são salpicados aqui e ali com um humor negro muito actual e que combina muito bem com o tema da alta cozinha aqui retratado. 

Como dito anterirmente, quanto menos se souber sobre este filme melhor. É daqueles que vale a descoberta e o investimento do telespectador em deixar-se levar pelo realizador e tentar beber de tudo aquilo que ele tem para nos contar e mostrar. Se tivesse que fazer alguma crítica ao filme é mesmo em relação ao final. Não à mensagem geral que o filme, no todo, tenta passar - que, depois de pensar muito, são algumas e depende da forma como o telespectador quer avaliar o menu e o restaurante -, mas sim o desfecho de uma personagem em específico que para mim não ficou 100% esclarecido qual seria a ideia/mensagem do realizador.

Avaliação:8/10

Pois bem, hoje decidi fazer uma review de um especial do MCU: o Holiday Special de Guardians of the Galaxy, gravado por James Gunn durante as gravações do Vol. 3 do mesmo título (que teve o seu primeiro trailer muito recentemente).

A premissa deste special é muito simples: os guardians em Nowhere querem ajudar o Peter a sentir-se mais feliz, depois dos acontecimentos de Endgame, e como na Terra é Natal Drax e Mantis decidem "raptar" Kevin Bacon para o dar de presente a Quill.

Para dar um pequeno contexto, eu nunca assisti a nenhum Holiday Special. Sei que é uma espécie de tradição em Hollywood haver este tipo de "one offs" de vários franchises - um dos mais conhecidos é o de Star Wars. Este, no entanto, por algum motivo despertou a minha curiosidade, tendo em conta que era do MCU e, claro, realizado pelo Gunn.

Sem muitos spoilers e só para vos dar um gostinho, para quem acompanha o MCU este special é um must. Tem tudo o que se pode pedir, é ideal para a época do Natal, tem riso, tem choro, e até algumas coisinhas canon para fãs. Mantis e Drax são as personagens principais, e carregam os 40 e poucos minutos que isto dura às costas.

Se não tens nada para ver naquela tarde de Natal, se tens um bocadinho ali no meio depois de ver o Sozinho em Casa mais uma vez, vai ao Disney Plus, mete a dar o Holiday Special e não te vais arrepender, pois é mesmo a melhor prendinha que o universo Marvel nos podia dar nesta quadra natalícia!

Avaliação:8.5/10